andar de bicicleta é algo que nunca esquecemos. mas até experimentarmos a liberdade de
pedalar pra qualquer lugar, sofremos com o desequilíbrio e caímos. e nas quedas, ficamos feridos.
sofremos com a dor consequente do joelho ralado ou de algum corte raso na pele.
mas tudo passa. até mesmo um braço quebrado ou um corte profundo tem, digamos, “conserto”. a
dor se desvanece e tudo volta a ser como antes (na maioria dos casos, pois sempre existem as
exceções à regra), até que novamente o processo se repete.
mesmo depois que aprendemos a dar os nossos rolês por aí, a gente sempre acaba dando com a cara no
chão. feridas são abertas por fora e por dentro de nós, podendo ser tão dolorosas quanto uma
grave lesão ou fratura. é o preço que pagamos pela nossa liberdade de aprender e ser o que
quisermos.
pelo menos o tempo é justo. ele faz com que todas as lembranças, temores, frustrações e dores virem souvenirs na bagagem que acumulamos nessa jornada que a vida é. e
eles continuam lá, presentes, constantes, assim como a lembrança dos tombos, da habilidade
adquirida e nunca mais esquecida.
e assim seguimos na estrada da vida, ora sobre rodas, ora caminhando.
mas nunca saindo do chão.
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