quinta-feira, 10 de setembro de 2015

sobre rolês de bike, tombos e a vida

andar de bicicleta é algo que nunca esquecemos. mas até experimentarmos a liberdade de pedalar pra qualquer lugar, sofremos com o desequilíbrio e caímos. e nas quedas, ficamos feridos. sofremos com a dor consequente do joelho ralado ou de algum corte raso na pele. 

mas tudo passa. até mesmo um braço quebrado ou um corte profundo tem, digamos, “conserto”. a dor se desvanece e tudo volta a ser como antes (na maioria dos casos, pois sempre existem as exceções à regra), até que novamente o processo se repete. 

mesmo depois que aprendemos a dar os nossos rolês por aí, a gente sempre acaba dando com a cara no chão. feridas são abertas por fora e por dentro de nós, podendo ser tão dolorosas quanto uma grave lesão ou fratura. é o preço que pagamos pela nossa liberdade de aprender e ser o que quisermos. 

pelo menos o tempo é justo. ele faz com que todas as lembranças, temores, frustrações e dores virem souvenirs na bagagem que acumulamos nessa jornada que a vida é. e eles continuam lá, presentes, constantes, assim como a lembrança dos tombos, da habilidade adquirida e nunca mais esquecida. 

e assim seguimos na estrada da vida, ora sobre rodas, ora caminhando. mas nunca saindo do chão.

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